sábado, 25 de agosto de 2012


Antes de começar minha narrativa, seria interessante definir claramente do que estaremos falando aqui. A problemática, porém, é que tais criaturas são tão intangíveis a nós seres de fé tão limitada, tão atravancados por esta muleta que chamamos de dom e damos o nome de razão, que é para nós extremamente difícil acreditar que elas simplesmente existam. Mas direi a você fiel leitor deste meu pequeno conto: A vida não acaba aqui.
Deixe-me começar dizendo meu nome: Nergal Scapattura. Mas sem formalidades, por favor, chame-me de Splint. Todos chamam. Muitos diriam que eu sou quem impede os mortos de irem ao mundo dos vivos. Isto não é verdade. De fato eu sou aquele que impede os vivos de adentrarem o mundo dos mortos. É tão verdade que minha função não é a de barrar almas mortas, que diariamente três ou quatro almas acabam escapando para o mundo dos vivos. É com uma destas almas que começa a primeira das nossas histórias. Seu nome é Denver, e já faz um tempo que ele está solto no mundo. Sinceramente, sou grato por nós, guardiões dos portões, termos os nossos próprios meios para mantê-los no mesmo lugar. Fica mais fácil recuperá-los.
N. “Splint” S.
Que loucura. Que pesadelo. Deus! Como tenho sorte de estar vivo! Já faz quase meio ano que sonho frequentemente o mesmo sonho: uma luz forte, vindo em minha direção. Isso e depois meu apartamento, minha cama fria.
O inverno passou já faz quase dois meses e estamos já saindo da primavera para entrar no verão, mas este aposento continua sendo extremamente frio. Isto junto com a minha crise de pesadelos têm contribuído enormemente para meu péssimo desempenho no trabalho. Talvez por isso Mary chore tanto.
É que depois destes meus sonhos meu chefe no jornal onde trabalhava como repórter me demitiu por eu não ter mais a mesma atenção para as manchetes.
A falta de sono que meu pesadelo me proporcionava fazia com que fosse difícil estar no lugar certo na hora certa, e isso é a vida de todo repórter.
Mary é minha esposa, e eu me chamo Denver. Denver Douglas. Eu e Mary temos uma filha, Sarah, de 7 anos, que depois do pai ter perdido o emprego foi morar com a avó materna, a fim de ter alguém que pudesse dar a ela segurança de alimentação e estudo. Este também foi outro baque para Mary. Foi também um baque em nosso relacionamento.
Todos os dias viraram a mesma rotina. Acordo na minha cama fria, tomo o café que Mary deixa pronto para mim na varanda, onde fumo o primeiro cigarro do dia. O primeiro de muitos. Mary como sempre está na cama, chorando pela falta da filha. Vejo-a acariciando levemente um porta-retratos com uma foto de nós três na Disneylândia. Era um sonho de Sarah dês de que ela tinha quatro anos. Tento consolá-la, acariciando seu cabelo loiro e seus ombros pálidos, mas ela não parece querer dar mais ouvidos a mim. Sei que é difícil para nós nos olharmos. Imagino, porém, que sejam por motivos diferentes. Ela, por causa da raiva recatada por eu ter deixado as coisas tomarem essa proporção. Eu, por causa da culpa de ter deixado as coisas tomarem essa proporção.
Saio de casa a procura de emprego, de terno de linho preto e sapatos bem lustrados. O cabelo castanho escuro bem penteado e uma maleta com os currículos a postos. Na primeira rua, ninguém sequer nota minha presença, então entro numa padaria e compro um maço de cigarros. A segunda, a terceira, a quarta.
Alguns ainda aceitam os currículos, para depois discretamente jogarem eles na lata de lixo. Outros apenas dizem que não estão contratando. Nos casos mais extremos, sou sumariamente enxotado do estabelecimento. Juro que se não fosse por Mary, já teria perdido as esperanças e começado a roubar, traficar ou vender meu corpo.
Ou tudo isso. Mas por ela, preciso fazer as coisas da maneira certa. Não posso dar a ela, a mulher que eu jurei no altar que faria feliz até que a morte nos separasse mais esse desprazer.
Continuo buscando emprego até a noite. Depois de muito andar pelas ruas da cidade, paro em uma ponte e acendo um último cigarro. Meu telefone toca algumas vezes durante o dia, mas nada é como essa ligação. Mary me liga dizendo que eu consegui uma vaga numa revista, para ser coeditor. Que incrível! Um emprego muito melhor do que eu tinha antes. Mas, pois sempre tem que ter um mas, havia um problema: A inscrição para a vaga fechava em 15 minutos, e era do outro lado da cidade.
Ouço isso e me desespero, corro na direção do ponto de ônibus do outro lado da ponte. Finalmente uma nova oportunidade reunir nossa família. De reacender a chama da paixão entre mim e Mary. Por pouco tempo infelizmente. Na pressa não olho para os lados e quando vou olhar, já é tarde demais. A forte luz provocada pelos faróis de um carro me pega de sobressalto. Durante um tempo fico parado, olhando para a noite escura e me pergunto: Eu morri?
Vejo tudo escurecendo e meus sentidos cedendo. Vejo a vida se esvaindo e penso que talvez não seja ruim assim. Até que a morte nos separe não é mesmo? Pois agora não tenho mais obrigações para com ninguém. Que o gélido abraço do Ceifador venha retirar de mim a culpa. Mas e Sarah? E Mary? Como elas ficarão? Não! Não posso morrer! Eu quero viver!
Com um sobressalto acordo em minha cama gélida. Que loucura. Que pesadelo. Deus! Como tenho sorte de estar vivo!

O Copo
By: Letícia Fleming
Sempre fui adepta a assistir filmes de terror e ler esses contos assustadores. Meus preferidos sempre foram aqueles que contêm espíritos e fantasmas. Poucos realmente me assustavam e eu os via por pura diversão, até porque sempre achei uma bobagem essas histórias de fantasmas. Mas um dia eu e uma amiga combinamos de jogar o famoso jogo do copo.Eu, certa de que nada aconteceria, esperei um dia em que ficaria sozinha em casa e chamei minha amiga Mary para jogarmos o tal jogo.
Quando ela chegou, arrumamos o tabuleiro e eu fui até a cozinha pegar um copo. Um arrepio percorreu o meu corpo. Olhei ao redor e percebi que todas as janelas estavam fechadas. Achei estranho, mas logo esqueci o ocorrido e fui em direção à sala, onde se encontravam Mary e o tabuleiro. 
Coloquei o copo perto do tabuleiro, que continha todas as letras do alfabeto, as palavras “sim” e “não” e números de 1 até o 10. Apagamos as luzes e acendemos algumas velas que minha mãe guardava por precaução. Mary me encarou.
- Pronta? perguntei. Acho que sim…Bem, quer mesmo fazer isso, Lisa? - Ela me perguntou.Pude perceber que ela estava meio pálida. – Oras, você está com medinho? ri em voz alta, afim de provocá-la.                                                                                                                                            
Ela balançou a cabeça negativamente e se sentou ao meu lado, no sofá. A sala e o resto da casa tinham uma aparência sinistra, já que a única luz era a das velas. Eu e Mary colocamos as mãos sobre o copo e eu fiz a primeira pergunta.- Há alguém aqui com a gente? Esperamos alguns segundos e nada ocorreu. – Vamos, espíritos, onde estão vocês? Nada! Encarei, Mary, que parecia aliviada.Viu, Mary, eu te disse…Antes que eu pudesse terminar a frase, o corpo começou a se mexer. Mary me cutucou e sussurrou:  -Lisa, isso não tem graça! Eu não fiz nada!
O copo voltou a se mexer e eu cutuquei Mary, para que ficasse quieta.
- Se há alguém aqui, diga seu nome. 
O copo se moveu para a letra “N”, e em seguida para o “E”, “R”, “O” e então parou.
- Nero. – falei para mim mesma. – Você é um fantasma?
Depois de alguns longos segundos, o copo se moveu para a palavra “não”.
- Então, o que você é?
Quando percebi que não teria resposta, olhei para Mary. Ela parecia assustada. Até aquele momento, eu não estava, mas a série de acontecimentos que se iniciaram naquele instante, me fez ter realmente medo.
Ouvi um barulho, vindo da cozinha. Eram barulhos metálicos e de copos e pratos se partindo. Encarei Mary, que estava com os olhos arregalados. Hesitei por um instante e me levantei. Fui a procura do interruptor, mas ao localizá-lo, percebi que estávamos sem energia elétrica. Olhei pela janela e percebi que a rua toda estava iluminada.
- Mas que droga é essa? – perguntei em voz baixa para mim mesma. Fui em direção a cozinha, e o pouco que pude enxergar fez meu estômago se contorcer. Todas as panelas estavam no chão, o que explicava os barulhos metálicos. Mas os pratos e os copos estavam realmente todos quebrados, mas dentro dos armários. Voltei à sala, e percebi que Mary não estava mais ali.
- Mary? – a chamei em voz alta.
Peguei uma das velas e saí à procura da minha melhor amiga. Naquele instante, eu chegava a tremer de medo e não tinha noção do que fazer. Meus pais estavam viajando e voltariam apenas na manhã seguinte. Eu já não tinha a mínima noção das horas, mas como percebi que a maioria das luzes estavam apagadas, conclui que já era de madrugada. Não havia sinal da Mary em nenhum cômodo do andar de baixo, então decidi subir as escadas, sempre chamando por ela.
O andar de cima, onde ficavam os quartos, estava igualmente escuro como o outro andar da casa. Tudo estava silencioso, até que ouvi um barulho, que até hoje eu não sei descrever, vindo do meu quarto. Hesitei, mas fui em direção à porta que estava fechada. Eu estava suando frio, e ao tocar a maçaneta da porta, senti novamente um arrepio tomar conta do meu corpo. Fechei os olhos e abri a porta, empurrando-a devagar. Abri meus olhos e desejei não ter aberto. Dentro do quarto, estava Mary deitada na cama. 
- Mary? a chamei. 
Ela não falava e não se movia. Mary estava morta. Fiquei em estado de choque. Não conseguia me mover nem falar. Só sai do estado de transe, quando ouvi a porta atrás de mim se bater. Virei-me, com meus batimentos cardíacos a mil e vi a pior coisa da minha vida. Não sei dizer se aquilo era uma pessoa, mas era realmente tenebroso. Tinha os olhos vermelhos e um sorriso horroroso que parecia me hipnotizar.
Após isso, desmaiei e só acordei horas depois, com barulhos de sirenes. Meus pais haviam chegado e tinham chamado a polícia, aparentemente. Depois disso, nunca mais entrei naquela casa, já que semanas depois, fui internada em um hospital psiquiátrico. A causa da morte de Mary é desconhecida até hoje e a casa que antes habitava com meus pais foi incendiada dias após o ocorrido. Hoje em dia, 10 anos após o ocorrido, ainda tento não me considerar a assassina de Mary e ainda tomo drogas pesadas para tentar ao menos dormir, o que é em vão, porque ao fechar os olhos, vejo os olhos e o sorriso dele… o sorriso de Nero.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


A pobre garota andava sozinha pela rua de dia e de noite, como se ninguém a visse, mas um garoto percebeu e passou a observá-la todos os dias, era uma garota muito bonita, loira e de pele clara. A cidade era sempre nublada, pois ficava no topo da serra, o garoto acompanhava de longe a garota pela cidade toda.
Um dia o jovem enfrentou seu medo e decidiu ir falar com a bela garota, com a voz tremula e muito nervosismo ele parou na frente dela e disse que parasse, sua voz tremeu um pouco e finalmente perguntou:
– Olá, qual o seu nome?
– Meu nome é importante? – a jovem responde com outra pergunta e sai andando como se nada tivesse ocorrido.
Nos dias que se seguem o jovem fica confuso, mas continua a seguir a menina, apesar de um estranho sentimento de sua voz ser assustadora. Na verdade a voz da jovem foi doce a calma, porém deixou um estranho medo no garoto.  Uma semana após o ocorrido ele decide falar novamente com a garota
–Qual o seu nome? – ele pergunta dessa vez com uma voz forte e corajosa.  Dessa vez e a jovem responde com a mesma pergunta
–Meu nome é importante?
–Sim – ele responde, mas seu nervosismo da primeira vez estava de volta. – quero saber o nome da garota mais bela do mundo.
 – Eu não sou a mais bela do mundo, não sou nem uma pessoa. – ela responde deixando ele ainda mais nervoso.
 –Então o que é você?
 –Posso ser um anjo, ou um demônio, também posso ser um fantasma ou quem sabe eu nem exista. O que você acha que eu sou? Acha mesmo que sou a mais bela do mundo se nem sabe o que sou? Garanto-lhe uma coisa não sou uma garota comum. – após isso ela foi embora andando novamente como se nada tivesse ocorrido e o garoto ficou lá imóvel por alguns minutos antes de finalmente ir embora.
Em casa sua mente não parava de pensar no que a garota havia lhe dito mais cedo, antes de dormir o jovem, como sempre ligou o computador e viram às fotos de sua mãe que morava longe afinal seu pai havia sido assassinado há muito tempo e sua mãe ficara louca e o deixará sozinho e emancipado. Ele raramente comia algo que não fosse pré-pronto, hoje não havia sido exceção, após comer escovou os dentes e se deitou, mas não conseguiu dormir e ficou olhando pela janela, até que em um momento ele viu jovem parar e olhar para ele, seu coração acelerou e eles se encararam por menos de um minuto, até que de súbito o jovem caiu no sono.
Na manhã seguinte era a sua ultima semana de férias, era inverno e a cidade estava mais fria que o de costume, o garoto se agasalhou bem antes de sair, decidiu não seguir a garota dessa vez, Fo até a padaria tomar o café da manhã e depois foi na praça da cidade refletir sobre a garota, mesmo não a seguindo ele não conseguia evitar pensar nela. Após horas de reflexão o jovem decidiu falar com ela novamente.
Procurou a garota pela cidade toda até finalmente encontrá-la numa parte mais afastada da cidade. Ele a encarou por dois minutos sem falar nada e ela fez o mesmo, então finalmente ele disse
–Me diga o seu nome.
–Isso é mesmo importante? – ela respondeu novamente.
–Sim, pois sem seu nome não vou poder saber quem é você.
–Por que você quer saber quem eu sou?
–No inicio foi porque te achava bonita, mas agora tenho curiosidade de saber o que você é.
–Muito bem, meu nome é “Tenebris”. O que vai fazer com essa informação é problema seu. – disse ela calmamente, novamente a jovem partiu sem falar mais nada e continuou a andar pela cidade, deixando o garoto com o coração a cem por hora. Em sua casa o jovem decide que irá acordar cedo para pesquisar sobre a menina.
Primeiro foi ao cartório checar o que há de informações sobre a menina, mas descobre que não há nada lá que prove a sua existência, era uma segunda-feira e ficava mais frio a cada dia, apesar e a cidade estar em um ponto alto o frio estava aumentando mais que o normal. O garoto vai até a escola e procura saber se a jovem está matriculada, mas descobre que não, era estranho já que ele acreditava que a garota tivesse a mesma idade que ele.
Ele Foi à biblioteca e procurou saber o significado do nome da jovem, então descobriu que significava: “escuridão” em latim. “O que levaria uma mãe a chamar sua filha de escuridão?” ele perguntou-se, então se lembrou de que a bela jovem tinha profundos olhos escuros, mas ainda era um nome pesado para uma criança.
Não querendo encarar a garota até entender mais sobre a situação passou a noite na biblioteca, mas não descobriu nada de útil e decidiu ir embora de manhã, ao chegar em casa foi direto para a cama dormir. Nos dias seguintes ele só pesquisou sobre a garota sem obter resultado. Após o fim da semana as aulas recomeçaram e ela não encontrava a garota em lugar algum da escola. O jovem decidiu que iria encontrar a garota e matar suas duvidas de uma vez por todas.
Na sexta-feira o jovem procurou a garota durante a noite e não demorou muito para encontrá-la, ela estava na praça parada de baixo de uma arvore observando as estrelas. Quando o jovem se aproximou ela disse:
–Finalmente você veio.
– Eu quero te perguntar uma coisa. – ele respondeu
 –Deixe-me te perguntar primeiro: qual é o seu nome? – a garota pergunta ao jovem.
–Meu nome é “Mortuus”, agora me diga: o que é você?
– Você está mesmo curioso. Eu sou simplesmente algo que não existe.
–Como assim? Você esta aqui agora mesmo.
–Estou aqui só para você, pois você tem um grande vazio dentro de você.
 –Ainda não entendi.
 –Seu nome significa “morte” porque você é como eu. Eu sou a escuridão, o espírito que a personifica, e você é a morte. – a jovem explica ao garoto, agora mais confuso do que nunca.
–Eu não estou morto! Eu tenho registros e memórias como prova. – o jovem responde com a voz forte.
–Correto, você não está morto, você é a morte. A vida que você tem hoje veio do seu desejo de conhecer a vida, por isso você não tem contato com seu “pai” não é que esteja morto é que ele não existe, ele só não existe e sua “mãe” é uma mulher que viu seu poder e ficou louca, por isso ela ficou com essa posição, para não te atrapalhar.
–Isso não faz sentido. Como eu poderia não existir?! Isso é…
De súbito a garota lhe deu um beijo e ambos se transformaram, a garota se tornou uma mulher de uns vinte anos que deixava seu corpo totalmente despido, e o garoto se tornou um homem de vinte anos também, mas sua memória havia voltado e ele se lembrara do que realmente era: um espírito que personificava a morte.
 –Venha minha querida – disse Mortuus –, é hora de deixarmos  o plano dos vivos e voltarmos para nosso próprio mundo.
–Me diga meu querido, por que você tinha tanto interesse por esses mortais?
–Porque eles têm uma habilidade que nós, espíritos não temos há muito tempo. A capacidade de sorrir, de ter curiosidade, de sentir amor e piedade pelo próximo, apesar de vários deles estarem perdendo essas capacidades.
 – Esses sentimentos são realmente bons?
 –São as melhores capacidades deles. É uma pena estarem perdendo isso, logo serão apenas cascas vazias.
– Me conte mais sobre esses sentimentos, mas antes vamos de volta ao nosso mundo – então atravessaram um portal de ferro negro e com símbolos amedrontadores, logo desapareceram numa névoa negra e o portão sumiu, mas a cidade não deu pela falta deles nos dias seguintes, como se nunca tivessem existido.

“Chato”!
A única palavra que pode descrever meu dia. Foi longo e cansativo, e agora eu me encontro em um ônibus deserto. Nem o cobrador parecia me enxergar.
Em uma parada, uma loira bonita e chamativa entrou no ônibus. Eu a conhecia de algum lugar. Ela veio sentar-se bem ao meu lado. Como eu dizia, meu dia estava perfeito…
- O que uma moça tão bonita faz num ônibus às 1 da manhã?
- Essa é sua melhor cantada? – diz em tom sensual.
E a conversa foi indo. Descobri que seu nome era Lucy e ela descobriu meu nome – Antony –. Descobriu também o caminho até a minha cama. Dormimos juntos numa noite que se estendeu até às 10 da manhã. Quando acordei  ela não estava mais lá e encontrei meu apartamento revirado, as roupas, móveis, tudo estava fora do lugar. O sábado, graças a Deus, havia chegado e não havia trabalho. Ao final do dia, o crepúsculo derramava-se sobre toda a cidade. Eu estava em um bar, me alimentando de uma saborosa coxinha e refrigerante quando vi Lucy atravessar a porta do bar. Corro até ela
 - Lucy! – Chamo-a, tentando pará-la.
- Quem é você?
- Não se lembra de mim? Antony, de ontem à noite.
- Quem é você, seu atrevido? Não me chamo Lucy! – ela diz seus olhos brilhando devido a uma lágrima que se formara. – Por que está falando nisso?
- Hei o que eu falei de mal?
- Lucy é o nome da minha irmã gêmea que morreu há dois meses!
- Desculpa, então. – digo. – Mas quem era sua irmã?
- Lucy Hayel, que foi assassinada a facadas há dois meses!
Assinto com a cabeça e me afasto. Chego em casa e vou para o computador pesquisar. E ratifico o caso.
Uma porta se choca atrás de mim. Viro a cabeça para olhar. Nada. Não me importo e volto a ler.
“Morta a facadas e esquartejada, seu corpo foi enterrado na própria casa… – A luz no teto começa a piscar. – encontrada pela manhã, o assassino encontra impune até hoje.”
Assim que concluo a leitura, me vejo levitando em minha cadeira. O computador desliga, e a luz começa a piscar freneticamente.
A porta se abre. Meus olhos veem Lucy passar por ela.
- Lembra-se de mim? – ela pergunta.
- É claro. – digo. – Fui eu quem te matou.
Enquanto um pandemônio se formava, cadeiras flutuavam, portas e gavetas se abrindo e fechando, roupas voavam e se chocavam contra mim e a parede.
O corpo de Lucy começa a se desfigurar, se desintegrar. Sua pele vai se rançando e começa a flutuar ao meu redor. Nervos, sangue e músculos giram macabramente ao meu redor, como uma dança mortal. No final, o que sobra é o seu esqueleto, somente sua cabeça ainda tinha pele.
- Eu sei muito bem. E vou fazê-lo pagar por isso! – ela diz, sua voz se torna grossa e obscura.
Uma dor lancinante começa a se formar em minha barriga. Sinto minha pele se rasgar. Um grito dolorido a apertado foge de minha garganta. Vejo uma das minhas costelas se contorcer e abrir um buraco em minha pele. O sangue vazava e eu ficava fraco.
O esqueleto ergue uma de suas mãos e vejo em meio às lagrimas, um portal se abrir em nossa frente. Fogo emanava de dentro dele. Tudo parou de repente e caio no chão. Engatinho com dificuldade até a janela e luto para abri-la, mas a dor crescente ia me fazendo perder a vista. A dor triplica quando sinto meus pés se torcerem, completando uma volta completa de 360°.
E foi assim, aos gritos e choros, que sua mão prendeu correntes à minhas pernas e começam a me arrastar pra dentro daquele portal, para outra dimensão, outro mundo, outra vida.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

histórias de vampiro *-*

                    Histórias de vampiro *-*


Vampiros


A primeira coisa que chama a atenção num vampiro: eles são inumanamente lindos. Porém as suas perfeitas feições de “mármore” são meramente parte de seu arsenal de armas que os torna mais atraentes para as suas presas. Uma transformação em vampiro intensifica tudo. Quanto ao grau de beleza, a mudança para vampiro faz uma pessoa comum ficar estonteante e uma pessoa bonita ficar além da imaginação.

Vampiros possuem movimentos fluentes e muito graciosos. Porém, isso depende do tipo de vida que eles escolhem: o andar dos vampiros selvagens (Nômades) reflete o seu ser, e remetem mais ao movimento de animais selvagens.
Como predadores, os vampiros tem armas em excesso em seu arsenal físico. A força, a velocidade, os sensos apurados. E também, são fisicamente atraentes para a sua presa, além da beleza e do cheiro que dá água na boca a um humano, eles também possuem veneno.

Matar o parceiro (namorado, cônjuge, ou como quiser chamar) de um vampiro, é pedir por sua morte.


Vampiros são divididos em três modalidades:

1. Selvagem


São os vampiros tradicionais. Alimentam-se de sangue humano e não permanecem em um lugar por muito tempo, salvo exceções. Geralmente andam sozinhos, mas alguns podem formar grupos. Tais grupos não têm laços de amizade, nem amor, é simplesmente por questões de autopreservação. Quanto aos parceiros, sua ligação está mais próxima do desejo do que de amor. Possuem olhos de uma profunda cor vermelha.

São subdivididos em dois: Nômade e Sedentário.

2. Vegetarianos

Embora tenham sido apelidados com esse nome sugestivo, os Vampiros Vegetarianos não tem um regime alimentar baseado em alimentos de origem vegetal. Os Vegetarianos são aqueles que negaram continuar a se alimentar de sangue humano e adquiriram uma dieta baseada fundamentalmente em sangue de animais selvagens, como ursos e leões por exemplo.

Os Vegetarianos são os únicos que podem formar laços entre seus iguais como amor e amizade. São civilizados e conseguem ficar normalmente entre os humanos, embora isso não seja exatamente fácil. Quando ficam com sede, seus olhos ficam pretos, e nesses momentos é difícil ficar próximo a um humano. Quando eles estão na sua cor dourada mais clara ou cor de topázio, isso reflete que a sede dele está saturada e que ele estava caçando recentemente.

3. Recém-nascidos
São os vampiros recém-criados. Logo quando criados, os vampiros são quase incontroláveis, e se não possuírem alguém para lhes explicar as regras  saem se alimentando e matando em níveis altíssimos. Nesse período, são mais animais do que “homens” e dificilmente carregam alguma característica da sua vida humana, porém isso passa com o tempo. Se um vampiro recém-nascido sabia da existência de vampiros na sua vida humana, e decidisse não machucar humanos quando se transformasse, provavelmente será um recém-nascido mais controlado do que outros. Contudo, isso é muito relativo e raro.

O processo para se transformar em um vampiro é simples, presumindo que um vampiro não tenha drenado todo o sangue do corpo humano. Um humano é mordido, e o veneno é deixado pra se espalhar durante alguns dias. A verdadeira quantidade de tempo de uma transformação depende de quanto veneno está na corrente sanguínea, quão próximo ele está de entrar no coração. O veneno pulsa pelo corpo enquanto o corpo continua batendo, e várias mudanças físicas ocorrem enquanto o veneno passa. Uma das mudanças que ocorrem é a cura do corpo das feridas que podem ter ocorrido.
A maior dor começa quando o veneno já está espalhando pelo corpo, pelo coração, e ele começa a entrar nas veias de novo, secando elas, é muito dolorosa, na verdade é tão ruim que a dor da transformação é a memória mais penetrante da vida humana. Ele se move mais lentamente do que o sangue porque é mais grosso. Cada batida do coração só faz com que ele se mova um pouco mais. O processo de mudança/queimação é lento. O veneno tem que ser absorvido por cada uma das células antes que tudo acabe”. O estágio final da conversão acontece quando o coração pára, e nesse ponto um humano se torna um vampiro.

HABILIDADES

Velocidade - Quando os vampiros são transformados de humanos eles adquirem certas habilidades sobre humanas; velocidade é uma dessas. São capazes de se mover com tanta velocidade que absolutamente ninguém é capaz de enxergá-los. Sua fala também pode ser rápida demais para que um humano entenda. Depois de transformado, o vampiro fica apaixonado pela velocidade. Quando um vampiro tem que usar um carro, 300 km/h é muito pouco.

Força - A força sobre humana é uma das características que diferencia os vampiros. A dieta e uma vampiro não tem um impacto massivo em seus níveis de força, mas sabe-se que o sangue humano os deixa mais fortes do que o sangue de animais, porém apenas fracionalmente. Sangue de animais grandes (ursos, gatos selvagens, predadores) os torna mais fortes do que os dos animais “mais fracos”.

Fisiologia - Quando uma pessoa é transformada em vampira, sua aparência física é aumentada, a cor dos olhos muda, sua audição e sua visão ficam mais apuradas, o coração para de bater, eles não precisam mais respirar.
O corpo também fica duro como mármore ou granito, e frio como o gelo. Um vampiro não possui muitas probabilidades de se machucar ou de se cortar, simplesmente porque pouquíssimas coisas são fortes o suficiente para penetrar a sua carne. A única forma de atar um vampiro é rasgá-lo em parte e queimá-las. Trabalho para um lobisomem ou outro vampiro.


Fonte: internet... hehe'

Postado por: Li'''
Obs: é não foi mt boa essa postagem mais... eu estou voltando as ativas agr. hehe' descontoo...